Ilustração: Emma Günther
Qual é o método anticoncepcional certo pra mim?
Seu guia sobre métodos anticoncepcionais
Coisas importantes a saber sobre a escolha de um método contraceptivo
Existem várias opções quando se trata de escolher um tipo de método contraceptivo
Alguns métodos contraceptivos contêm hormônios e outros não
É recomendável escolher o método contraceptivo que você utilizará de forma correta e consistente
Se você decidiu que deseja utilizar um método contraceptivo, certamente há várias opções disponíveis. No entanto, escolher o tipo de método contraceptivo adequado para você pode ser uma tarefa complexa. Não se preocupe, estamos aqui para ajudar. Os anticoncepcionais podem ser usados por vários motivos, incluindo controlar menstruações imprevisíveis, reduzir cólicas menstruais ou até mesmo interromper a menstruação. Neste artigo, abordaremos os anticoncepcionais usados para prevenir a gravidez.
Aqui, descreveremos todas as suas opções de contracepção, juntamente com suas taxas de eficácia. Os pesquisadores costumam medir a eficácia de um método contraceptivo de duas maneiras: taxas de uso típico e uso perfeito. Você pode saber mais sobre o que elas significam e como são calculadas aqui.
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Escolhendo o método contraceptivo certo para você
A escolha do método contraceptivo certo para você envolve alguns fatores. Ao considerar suas opções, faça a si mesma estas perguntas importantes para ajudar a orientar sua decisão:
Você quer ter as menstruações mensais?
Você quer um método que possa interromper a qualquer momento (como a pílula) ou um com o qual possa se comprometer (como o implante)?
Você deseja um método com o qual que não precise se preocupar?
Você planeja engravidar em breve?
Você precisa esconder de alguém que usa anticoncepcionais?
Você deseja tratar outros problemas cíclicos, como dores menstruais ou sangramento intenso?
Cada método contraceptivo listado acima apresenta diferentes riscos e benefícios. Se você ainda não tem certeza de qual prefere, analise suas respostas a essas perguntas com seu profissional de saúde. Você pode usar o Clue para monitorar seu sangramento mensal e outras experiências relacionadas ao ciclo antes da consulta, a fim de fornecer ao seu profissional uma visão geral do seu ciclo.
Contraceptivos sem receita médica
A maioria dos métodos contraceptivos requer receita médica. No entanto, quando você precisa ser discreta ou adquirir um método contraceptivo com urgência, essas opções estão disponíveis na maioria das farmácias sem receita médica. As opções contraceptivas disponíveis sem receita médica são todas não hormonais.
Preservativos (camisinhas)
Externo/masculino
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 13 em cada 100 casais
Uso perfeito: 2 em cada 100 casais (1)
Interno/feminino
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 21 em cada 100 casais
Uso perfeito: 5 em cada 100 casais (1)
Os preservativos são tubos finos de látex, plástico ou outros materiais que cobrem os órgãos genitais para atuar como uma barreira aos fluidos corporais.
Os preservativos masculinos/externos são muito eficazes quando usados de forma consistente e correta (1). Se você estiver usando preservativos para evitar a gravidez, certifique-se de que você e seu(ua) parceiro(a) saibam como usá-los. Como bônus, o uso consistente e correto de preservativos também pode reduzir significativamente o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV) (1). Embora os preservativos internos/femininos sejam menos populares, eles também são eficazes na prevenção da gravidez e na redução da transmissão de ISTs (1).
Cremes, espumas e supositórios espermicidas
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 21 em cada 100 casais
Uso perfeito: 16 em cada 100 casais (1)
Os espermicidas são considerados uma das formas menos eficazes de contracepção, mas ainda assim são melhores do que não usar nenhuma proteção (1). Você pode usar espermicidas em forma de creme, espuma ou supositório sozinhos ou com preservativos, capuz cervical ou diafragma para tornar cada método mais eficaz (1). Eles atuam imobilizando ou destruindo os espermatozoides (1). Os espermicidas têm a vantagem adicional de funcionarem como lubrificantes (1). Podem ser aplicados até uma hora antes da relação sexual e doses adicionais podem ser aplicadas para múltiplas relações sexuais com o mesmo parceiro (1,2). Os espermicidas não protegem contra ISTs (1).
Esponja contraceptiva
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: varia de 32 a 16 em cada 100 casais
Uso perfeito: varia de 9 a 20 em cada 100 casais (1)
A esponja contraceptiva é preenchida com espermicida e colocada na vagina antes da relação sexual, de modo que fique encostada no colo do útero (a abertura do útero na vagina) (1). A esponja contraceptiva não está amplamente disponível.
Para ser eficaz, a esponja deve permanecer na vagina por seis horas após a relação sexual (2). A esponja é mais eficaz se você nunca tiver dado à luz (1). Ela funciona da mesma forma que o espermicida, mas tem a vantagem adicional de absorver a ejaculação, de modo que menos esperma entra no útero (2). A esponja não protege contra ISTs (2).
Métodos de consciência e monitorização da fertilidade
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: varia de 2 a 23 em cada 100 casais, dependendo do método
Uso perfeito: varia de menos de 1 a 5 em cada 100, dependendo do método (1)
Os métodos baseados na consciência e monitorização da fertilidade podem ser usados tanto para engravidar quanto para evitar a gravidez. Esses métodos são projetados para prever quando uma pessoa ovulará, a fim de evitar relações sexuais quando a fertilização de um óvulo é possível (1). Existem vários métodos, e cada um tem uma taxa de eficácia diferente. Alguns métodos exigem mais atenção e esforço do que a maioria dos outros métodos contraceptivos.
A amenorreia lactacional é uma forma eficaz de contracepção para pessoas no pós-parto que amamentam exclusivamente. Este método requer amamentação (não bombeamento) a cada quatro horas durante o dia e a cada seis horas durante a noite (1). Você pode ler tudo sobre outras formas de contracepção não hormonal, incluindo sexo sem penetração e consciência da fertilidade aqui.
Opções de contracepção com receita médica
Essas formas de contracepção exigem uma consulta com um profissional de saúde (online ou presencial) para obter uma receita. A boa notícia é que você pode obter uma receita com validade de um ano (para pílulas) a dez anos (para o DIU de cobre), então não precisará se preocupar com isso por um tempo, a menos que queira mudar. Lembre-se de que nenhuma dessas formas de contracepção protege contra ISTs.
Contraceptivos hormonais
Os métodos hormonais de contracepção contêm — você adivinhou — hormônios. As opções de contraceptivos hormonais incluem o implante, o dispositivo intrauterino (DIU), a injeção, a pílula, o anel e o adesivo. Eles contêm progestina (uma forma sintética de progesterona) ou uma combinação de progestina e estrogênio (1).
A maioria dos anticoncepcionais hormonais previne a gravidez inibindo a ovulação, de modo que não há óvulo para fertilizar, ou engrossando o muco cervical para dificultar a entrada do esperma no útero e a fertilização do óvulo, e a maioria faz as duas coisas (1). O DIU hormonal funciona de maneira diferente, porém. Ele principalmente engrossa o muco cervical e, às vezes, previne a ovulação, mas nem sempre (2).
A pílula
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 7 em cada 100 casais
Uso perfeito: menos de 1 em cada 100 casais (3 em cada 1000 casais) (1)
Os contraceptivos orais, ou “a pílula”, são a forma mais comum de contracepção hormonal nos Estados Unidos (2). Existem três tipos de pílulas com diferentes combinações de hormônios, incluindo o contraceptivo oral combinado, a pílula de uso prolongado e a pílula apenas com progestina, que não contém estrogênio (2). A escolha do tipo de pílula envolve a decisão sobre alguns fatores, incluindo a frequência com que você deseja ter uma sangramento de privação e se está amamentando (1). Seu médico pode te orientar sobre as melhores opções para você. As pílulas anticoncepcionais precisam ser tomadas todos os dias para serem eficazes (2), o que pode ser um impedimento para algumas pessoas.
O adesivo e o anel
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 7 em cada 100 casais
Uso perfeito: menos de 1 em cada 100 casais (3 em cada 1000 casais) (1)
O adesivo e o anel contêm estrogênio e progesterona (1). No entanto, em vez de tomar uma pílula todos os dias, o adesivo e o anel podem ser aplicados ou inseridos e deixados por um tempo. O adesivo é feito de plástico fino e se parece com um pequeno curativo (1). Ele libera hormônios através da pele e precisa ser substituído semanalmente por três semanas e removido na quarta semana (1). Durante essa quarta semana, você terá um sangramento de privação (1). O anel é uma peça circular de plástico que é colocada na vagina e deixada por três semanas, sendo removida na quarta semana (1). Durante a quarta semana, você terá um sangramento de privação (1).
A injeção
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 4 em cada 100 casais
Uso perfeito: menos de 1 em cada 100 casais (2 em cada 1000) (1)
A injeção, ou contraceptivo injetável, contém progestina. Uma dose dura três meses, quando então outra injeção deve ser administrada (1). Como você só precisa administrar a injeção uma vez a cada três meses, algumas pessoas consideram esse método muito conveniente. Ele também é discreto e não requer a cooperação dos parceiros sexuais (1). Normalmente, o sangramento pode ser imprevisível nos primeiros meses e, em seguida, não há sangramento mensal (1). Pode haver um atraso temporário no retorno da fertilidade após a interrupção da injeção; portanto, seu médico pode recomendar que você interrompa a injeção 12 a 18 meses antes do momento em que deseja engravidar (2).
O implante
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Muito menos do que 1 em cada 100 casais (1 em cada 1000 casais) (1)
O implante hormonal é a forma mais eficaz de contracepção hormonal e contém apenas progestina (1). O implante é uma haste fina que é inserida sob a pele na parte superior do braço (1). Tem duração de três anos, quando você pode retornar à clínica para implantar uma nova haste (1). É conveniente e também discreto. A inserção do implante é um procedimento realizado no consultório que pode causar algum inchaço, hematomas e dor no braço onde é inserido (1).
DIU hormonal
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Menos de 1 em cada 100 casais (2-8 em cada 1000 casais), dependendo da dose (1)
O DIU é um pequeno implante em forma de T colocado dentro do útero. O DIU é altamente eficaz, conveniente, discreto e tem altos índices de satisfação entre as pessoas que o utilizam (2). Existem alguns tipos diferentes de DIUs hormonais com doses variadas de hormônios. Dependendo da dose, você pode usar um DIU por três a oito anos (2,3). Seu profissional de saúde pode te ajudar a escolher a dose mais adequada para você. O DIU requer um procedimento de inserção em consultório que pode causar algumas cólicas. Sangramento imprevisível e manchas são comuns nos primeiros meses de uso, com melhora após três meses (2). Os DIUs hormonais estão associados a uma redução na perda de sangramento mensal, ou o sangramento pode parar completamente (2).
Contraceptivos não hormonais
As opções de contraceptivos não hormonais que você pode obter com seu médico incluem o DIU de cobre, o gel vaginal e a esterilização.
DIU de cobre
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: menos de 1 em cada 100 casais (8 em cada 1.000 casais)
Uso perfeito: 6 em cada 1.000 casais (1)
O DIU de cobre não contém hormônios e pode ser usado por 10 anos (1). O DIU é uma estrutura plástica em forma de T envolta por um fio fino de cobre que libera íons de cobre. Esses íons geram uma resposta inflamatória, criando um ambiente hostil para os espermatozoides (2). O DIU de cobre pode aumentar a dor menstrual e o sangramento em algumas pessoas, portanto, é recomendável consultar seu médico para saber se essa é a opção certa para você (2).
Diafragma e capuz cervical
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 17 em cada 100 casais (inclui o uso de espermicida)
Uso perfeito: 16 em cada 100 casais (inclui o uso de espermicida) (1)
O diafragma é uma cúpula de látex macio que cobre o colo do útero e é usado com espermicida. As capas cervicais são menores que os diafragmas e se ajustam firmemente ao colo do útero (1). Os diafragmas devem ser mantidos no lugar por pelo menos 6 horas após a ejaculação, mas não mais do que 24 horas (1). Ambos estão disponíveis nos EUA mediante receita médica (2). A maioria dos diafragmas vem em tamanhos diferentes e requer ajuste por um profissional de saúde (1). Utilize apenas espermicidas ou lubrificantes à base de água ao usar um diafragma e uma capa cervical (2). O diafragma e a capa cervical não protegem contra ISTs (1).
Existe também um diafragma de tamanho único, o Caya. Um profissional de saúde pode solicitar que você insira o Caya durante a consulta e, em seguida, realizar um exame pélvico para garantir que ele foi colocado na posição correta (4). O espermicida à base de água também deve ser usado com o Caya (4).
Gel vaginal Phexxi
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Uso típico: 14 em cada 100 casais
Uso perfeito: 7 em cada 100 casais (5).
Phexxi é um novo método anticoncepcional não hormonal disponível mediante receita médica. É um gel vaginal que atua reduzindo o pH da vagina (5). Isso dificulta o movimento dos espermatozoides, o que diminui a chance de que eles encontrem o óvulo (5). Phexxi vem em aplicadores pré-cheios e é aplicado dentro da vagina antes da relação sexual (5). Começa a agir imediatamente e é eficaz por até uma hora (5,6). O Phexxi pode ser combinado com outros métodos contraceptivos, como preservativos, diafragmas ou opções hormonais, como a pílula ou o adesivo, para aumentar a eficácia (5,6). No entanto, o Phexxi não pode ser usado com o anel (5,6).
Esterilização
Oclusão/remoção das trompas
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Menos de um em cada 100 casais (5 em cada 1000 casais) (1)
Vasectomia
Gravidez indesejada no primeiro ano de uso:
Menos de 1 em cada 100 casais (1,5 em cada 1000 casais) (1)
A esterilização permanente é a forma mais eficaz de contracepção, mas é indicada apenas para pessoas que não desejam ter mais filhos. Tanto a vasectomia (esterilização masculina) quanto a oclusão tubária (esterilização feminina) requerem cirurgia, embora geralmente seja um procedimento ambulatorial (2). A recuperação de ambos os procedimentos é geralmente rápida.
