An illustration of chlamydia bacteria.

Ilustração: Marta Pucci

Tempo de leitura: 6 min

Tudo o que você precisa saber sobre a clamídia

A clamídia geralmente não apresenta sintomas nas mulheres, pode acarretar infertilidade e outras doenças.

Coisas importantes a saber sobre a clamídia:

  • A clamídia geralmente é assintomática, o que significa que muitas pessoas não sabem que a têm

  • Os sintomas da clamídia podem incluir corrimento amarelo semelhante a pus; micção frequente ou dolorosa; manchas entre as menstruações ou após o sexo; e/ou dor, sangramento ou corrimento retal

  • Se não for tratada, pode levar a doença inflamatória pélvica, dor pélvica crônica, gravidez ectópica e/ou infertilidade em mulheres e pessoas com trato reprodutivo feminino

  • Os antibióticos são usados para tratar infecções por clamídia

O que é a clamídia?

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito comum. A chlamydia trachomatis é um tipo de bactéria que pode causar várias infecções diferentes no corpo. A clamídia é mais comumente conhecida por infectar partes do corpo relacionadas à reprodução (1).

Quais são os sintomas da clamídia?

A clamídia em mulheres e pessoas ciclos geralmente é assintomática. Isso significa que as pessoas geralmente não sentem nenhum desconforto ou percebem qualquer alteração enquanto estão infectadas.

Sem nenhum sintoma, as pessoas podem estar infectadas e não saber. Algumas pessoas podem ter sintomas muito leves ou vagos depois de serem infectadas, o que pode ser confundido com uma infecção vaginal ou do trato urinário (2).

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Os sintomas da clamídia podem incluir:

O que acontece se a clamídia não for tratada?

Uma infecção sexualmente transmissível de clamídia pode causar uma infecção do colo do útero, da uretra e das trompas de falópio em pessoas com órgãos reprodutivos femininos (2,3).

À medida que o tempo passa e uma infecção por clamídia não tratada continua a se espalhar, consequências graves e de longo prazo, como doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica, infertilidade ou dor pélvica crônica, podem se desenvolver em mulheres e pessoas com ciclos. A bactéria da clamídia percorre o trato reprodutivo desde a vagina, passando pelo colo do útero, até o útero, os ovários e as trompas de falópio, causando inflamação e infecção. Uma vez dentro, as bactérias danificam os ovários e as trompas de falópio e podem causar cicatrizes (4). Isso pode ter efeitos de longo prazo, inclusive infertilidade, pois o tecido cicatricial pode bloquear as trompas de falópio, impedindo que o esperma fertilize o óvulo. A gravidez ectópica (quando uma gravidez se implanta fora do útero) também é mais comum, pois um óvulo fertilizado pode ficar preso na trompa de Falópio danificada—isso pode ser fatal.

A dor pélvica crônica também é uma possível consequência de longo prazo de infecções por clamídia não tratadas e é um sintoma da doença inflamatória pélvica (5).

Em pessoas com órgãos reprodutivos masculinos, a clamídia pode causar uma infecção da uretra e do epidídimo, o tubo que coleta e armazena o esperma dos testículos (1).

Quão comum é a clamídia?

Nos Estados Unidos, as taxas de infecção por clamídia estão aumentando, tornando a clamídia a infecção sexualmente transmissível mais comumente relatada no país. Em 2016, quase 1,6 milhão de casos de clamídia foram relatados aos Centros de Controle de Doenças (CDC) (1).

Nos Estados Unidos, as mulheres têm duas vezes mais probabilidade de ter clamídia do que os homens. No entanto, é provável que isso se deva às práticas de triagem, uma vez que as mulheres costumam ser examinadas durante seus exames pélvicos anuais. Em geral, os homens não fazem exames anuais semelhantes de seus órgãos reprodutivos.

Como as mulheres têm maior probabilidade de serem assintomáticas, o número de pessoas que realmente têm clamídia pode ser ainda maior. Além disso, à medida que os testes se tornam mais sensíveis e a triagem se torna mais comum e disponível, espera-se que essa tendência continue a aumentar.

Pessoas (tanto homens quanto mulheres) com idade entre 15 e 25 anos representam quase dois terços de todos os casos de clamídia relatados em 2016 ao CDC (1). Mais especificamente, até 1 em cada 20 mulheres jovens sexualmente ativas com idade entre 14 e 24 anos pode ter clamídia nos EUA (6).

Fora dos EUA, a clamídia também é muito comum. Em 2012, a estimativa mundial de infecções por clamídia foi de cerca de 131 milhões de novos casos de clamídia por ano (7). Esse número é próximo ao de toda a população do Japão.

Como se contrai clamídia?

A clamídia é transmitida pelo contato sexual com parceiros(as) infectados(as). Ela pode ser transmitida por qualquer tipo de sexo desprotegido, inclusive sexo com pênis na vagina, sexo anal e sexo oral (3). Uma infecção ocular, a conjuntivite, também pode ser adquirida por meio do contato com fluidos genitais infectados com clamídia.

Uma pessoa também pode ser reinfectada com clamídia depois de ter sido tratada anteriormente. Você não se torna imune à clamídia após tê-la tido uma vez.

Como posso evitar a clamídia?

Usar preservativos todas as vezes que você tem sexo pode reduzir significativamente o risco de contrair clamídia. Os preservativos devem ser usados não apenas durante a ejaculação, mas antes do início de qualquer contato genital ou sexual. Se estiver fazendo sexo oral e vaginal, use uma barreira dentária para se proteger.

Antes de iniciar o contato sexual, pergunte à outra pessoa se ela foi testado recentemente para ISTs. Se a pessoa tiver relações sexuais com várias outras pessoas, pergunte sobre o status das ISTS e incentive que um teste seja feito. Limitar o número de parceiros sexuais aos quais você se expõe também diminuirá seu risco de contrair clamídia.

Para mulheres e pessoas com ciclos, recomenda-se uma consulta ginecológica anual, mesmo para aquelas em um relacionamento monogâmico de longo prazo. As pessoas sexualmente ativas devem sempre fazer o exame de clamídia. A triagem pode ser realizada facilmente—em uma amostra de urina ou como parte de um exame pélvico.

Como a clamídia é tratada?

A clamídia pode ser tratada com antibióticos para matar as bactérias. Depois de obter o diagnóstico, recomenda-se que qualquer parceiro ou parceira com quem você tenha tido contato sexual nos últimos 60 dias e/ou seu último(a) parceiro(a) sexual sejam testados(as).

É possível transmitir clamídia mesmo durante o tratamento com antibióticos. Evite contato sexual até 7 dias após a conclusão do curso completo de medicação antibiótica—mesmo que os sintomas já tenham desaparecido. Três meses após o tratamento, você deve fazer um novo teste para clamídia (2).

Casos especiais: clamídia em bebês e HIV

Recém-nascidos também correm o risco de contrair infecções por clamídia se a mãe tiver uma infecção não tratada no momento do parto. Os bebês recém-nascidos podem contrair chlamydia trachomatis ao atravessar o canal do parto e desenvolver infecções oculares ou pneumonia (1). Por esse motivo, o teste de clamídia deve ser uma rotina durante a gravidez.

Ter uma IST, como a clamídia, também pode aumentar as chances de contrair o HIV se a pessoa for exposta a ela, ou de transmitir o HIV se já estiver infectada (8,9). Se você acha que tem clamídia ou qualquer outra IST, é importante que procure ajuda médicta imediata. Muitas clínicas oferecem testes de ISTs gratuitos ou de baixo custo. Tudo isso ajudará a manter você, seus parceiros e parceiras sexuais e sua comunidade saudáveis.

Artigo publicado originalmente em 11 de junho de 2018

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