Fotografia: Cottonbro Studios

Tempo de leitura: 7 min

Como praticar sexo ainda mais seguro?

Veja como prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

by Jen Bell, e Nicole Telfer Revisado clinicamente por Sarah Toler, DNP, CNM, Aubrey Bryan, e Amelie Eckersley
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*Tradução: Jade Augusto Gola

O que é "sexo seguro"? É comum ouvirmos dicas de como praticar sexo "seguro", mas a realidade é que qualquer atividade sexual significa algum risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Não ignoramos os fatos! Mas ainda bem que há muita maneiras de reduzir os seus riscos—é isso que chamamos de fazer sexo "ainda mais seguro".

Como fazer sexo ainda mais seguro?

O sexo ainda mais seguro é uma maneira de reduzir seus riscos de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), durante atividades sexuais. Não é difícil, mas é importante ter essas estratégias em mente e agir com cautela, ainda mais que esquecemos as precauções no calor do momento.

Se você quer reduzir o risco de pegar ou transmitir uma IST ao mínimo possível, observe esses três aspectos fundamentais do sexo mais seguro:

  1. Uso correto e consistente (sempre, não às vezes) de barreiras (camisinhas e barreiras dentais) em partes corporais e brinquedos eróticos em qualquer tipo de sexo vaginal, anal e oral

  2. Ter uma comunicação franca e aberta com parceiro(s) ou parceira(s) sobre com quem você pratica sexo

  3. Testar-se regularmente para todas ISTs, você e seu(ua) parceiro(a)

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Como as infecções sexuais são transmitidas?

Diferentes tipos de atividades sexuais podem representar risco para diferentes tipos de ISTs. Ao prever encontros sexuais diversos, com diferentes pessoas, é útil saber que tipos de cuidados tomar.

Lembre-se, as ISTs não são apenas transmitidas pelo sêmen. Essas infecções também podem viajar por fluidos vaginais, mucosas membranas da pele, sangue, saliva e fezes (1). No frigir dos ovos, é difícil saber exatamente qual ato sexual é responsável por cada possível infecção, já que as pessoas geralmente desfrutam de mais de um tipo de atividade sexual em seus encontros (por exemplo, praticar tanto sexo oral quanto penetração pênis-vagina na mesma relação). Saber disso é um bom lembrete de praticar sexo ainda mais seguro, não importando o encontro ou a pessoa.

Abaixo uma lista de quais ISTs você pode pegar em diferentes atividades sexuais (2, 3):

  • Beijos: herpes oral (HSV-1)

  • Sexo oral: clamídia, gonorreia, HPV, herpes (HSV-1 e HSV-2), sífilis, HIV, tricomoníase, Giardia, Shigella, Salmonella, Campylobacter e E. coli (4)

  • Práticas com dedos; punhos (fisting anal e vaginal): HIV, hepatite B e C

  • Sexo pênis-vagina: HIV, gonorreia, clamídia, herpes, HPV, sífilis, cancroide, hepatite B e C, tricomoníase, verrugas genitais

  • Sexo anal: HIV, hepatitis B e. C, HPV, sífilis, gonorreia, clamídia herpes, verrugas genitais

  • Brinquedos eróticos: não há muita pesquisa sobre transmissão de ISTs com esses objetos. É possível que a transmissão de infecções e doenças sexuais possam ocorrer dos fluidos genitais para os brinquedos eróticos.

  • Sexo vulva-vulva (sexo lésbico): HPV, herpes (HSV-1 e HSV-2), sífilis, cancroide, clamídia, gonorreia, HIV, verrugas genitais

Como prevenir-se contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Como dito anteriormente, encontros sexuais trazem riscos de infecções de modo geral.

Pode soar um pouco paranoico ou até desestimulante, mas há muitas maneiras de ser uma pessoa sexualmente ativa mas também proteger-se! Masturbação individual, "amassos" (o contato e esfregação dos órgãos genitais, com roupas), conversas eróticas, massagens (sem toques em genitais) e carinhos são algumas coisas que você pode fazer sem se preocupar com infecções sexuais.

E se você decide praticar sexo, veja a seguir algumas dicas em como fazê-lo com menos riscos.

1. Vacine-se

O vírus do papiloma humano (HPV), a IST mais comum nos EUA, pode ter consequências a longo prazo, como verrugas genitais e câncer no colo do útero, no pênis ou na garganta (5, 6). Mas a vacina do HPV te previne contra esse vírus. Vacinas de rotina são oferecidas para crianças entre os 11 e 12 anos, e doses complementares para pessoas até 26 anos ou para quem não foi adequadamente vacinado e já tem entre 27 e 45 anos (7). Se você já iniciou sua vida sexual, não se preocupe! Você ainda pode tomar a vacina (7).

2. Use métodos de barreira

Métodos de barreira como camisinhas externas (masculinas) e internas (femininas), e também barreiras dentárias, fornecem proteção para qualquer prática sexual.

Eles fazem o que o nome sugere: criam uma barreira entre as suas genitálias/boca/ânus e a de seu(ua) parceiro(a). Tenha em mente que esses métodos reduzem o risco de transmissão de ISTs durante o sexo, mas não eliminam o risco por completo. A melhor maneira de se proteger é user sempre e corretamente um método de barreira em cada atividade sexual (2).

Camisinhas externas (masculinas) são uma opção acessível e barata (em muitos países), fáceis de usar se você estiver fazendo sexo oral/vagina/anal com uma pessoa que tem pênis. Se você está praticando atividades sexuais com brinquedos eróticos, como vibradores, dildos e insertores anais, uma camisinha também deve ser usada sobre esses objetos para prevenir a transmissão de ISTs entre as pessoas envolvidas (2).

As camisinhas externas de látex (masculinas) são os métodos de prevenção de ISTs mais disponíveis e estudados Se você ou seu(ua) parceiro(a) tem alergia ao látex, há alternativas disponíveis em lojas especializadas (sex shops), embora pesquisas ilustram que esses tipos de camisinhas são mais fáceis de romperem (8, 9).

Quando se trata de de eficácia de preservativos, o HIV é a IST mais estudada. Pesquisas sugerem que camisinhas previnem a transmissão de HIV no sexo pênis-vagina cerca de 70% a 95% do tempo (10-13). Embora menos estudado, o uso consistente e correto de camisinha é efetivo para reducir a disseminação de outras ISTs transmissíveis por secreções genitais, como clamídia, gonorreia e tricomoníase (2). Camisinhas não oferecem muita proteção contra ISTs transmitidas através de contato da pele, como herpes ou úlceras genitais, no caso da pele infectada estar exposta (2).

Para proteção durante sexo oral, use uma barreira dentária ou camisinha cortada horizontalmente para cobrir a vulva e/ou o ânus. Durante o sexo oral na vulva ou no ânus, infecções como HPV, sífilis, herpes, gonorreia, HPV, clamídia e tricomoníase podem ser passadas da boca para as genitálias ou vice-versa (14).

Para evitar ISTs durante toques e carícias sexuais, você pode usar luvas de látex ou nitrilo.

Ao tocar a genitália de seu(ua) parceiro(a), ou se eles estão tocando você, então há risco de transmissão de algumas ISTs (como HPV, verrugas genitais, clamídia, HPV 1 ou 2 e sífilis). O risco de infecções aumenta quando dedos ou a mão inteira adentram a vagina ou o ânus (atividade chamada de "fisting"), já que isso pode causar pequenas fissuras e traumas, o que pode aumentar a transmissão de ISTs (14).

3. Teste-se para ISTs com frequência

Tanto para encontros casuais quanto em relacionamentos sérios, é importante conversar sobre a sua saúde sexual e a de parceiros(as).

Isso possibilita que todas as pessoas envolvidas possam tomar decisões bem informadas sobre quais tipos de sexo vocês querem praticar e quais são as medidas necessárias para fazê-lo com segurança.

Conversar sobre sexo pode ser um pouco embaraçoso a princípio, mas vocês se acostumam com o tempo. E a reação de um(a) parceiro(a) nessas conversa é uma maneira de você conhecê-lo(a) melhor. Se há resistência em fazer testes de ISTs e em conversar sobre sexo mais seguro, isso pode afetar sua decisão em fazer sexo com essas pessoas. Mas essa conversa também pode acontecer de forma aberta e espontânea e ser até excitante! Quando se trata de sexo ainda mais seguro, é muito importante você ir atrás do que é bom para sua saúde e bem-estar.

O sexo ainda mais seguro é a melhor opção se você quer ter uma vida sexual ativa e proteger-se contra as infecções sexualmente transmissíveis. Cabe a cada um de nós decidir o que queremos e o quanto de risco nós e nossos(as) parceiro(as) nos sentimos confortáveis em lidar.

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Artigo originalmente publicado em 04 de julho de 2018.

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