Uma ilustração de uma mulher sentada em um relógio.

Ilustração: Marta Pucci

Tempo de leitura: 17 min

Tudo que você precisa saber sobre perimenopausa e menopausa

Quais mudanças acontecem no ciclo menstrual, quando e por quê?

by Anna Druet, e Maegan Boutot Revisado clinicamente por Nicole Telfer
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*Tradução: Juliana Secchi

Coisas importantes a saber:

  • Menopausa é quando o ciclo menstrual deixa de acontecer. A idade média para a menopausa é 51 anos nos países ocidentais, apesar de que etnia, comportamento e meio ambiente podem influenciar sua chegada.

  • Perimenopausa é a transição para a menopausa. Alterações menstruais começam, em média, 4 anos antes da menopausa, apesar de não ser igual para todo mundo.

  • Mudanças no estilo de vida, medicamentos e suplementos podem ajudar com os desconfortos da menopausa.

O que é a menopausa?

Menopausa é quando o ciclo menstrual chega ao fim e a gravidez não é mais possível. A palavra "menopausa" vem da raiz grega "men", que significa "mês" e "pausis" que significa pausa ou interrupção.

A menopausa é uma experiência única – os seres humanos são uma das quatro espécies no planeta que passam por esse fenômeno (1). Para algumas pessoas, é tanto um fim como um começo. Pode trazer uma série mudanças e, para algumas pessoas, pode ser que as mudanças não sejam significativas.

A menopausa pode acontecer naturalmente, mas também pode ser induzida por cirurgia ou tratamento com determinados medicamentos. Tecnicamente, a menopausa começa depois da sua última menstruação, mas seu profissional de saúde vai considerar que você atingiu a menopausa após 12 meses sem menstruar (2).

O que é a perimenopausa?

Perimenopausa é a transição do corpo para a menopausa ("peri" vem do termo grego para "em torno de"). Você pode não ter ouvido esse termo antes, porque as pessoas geralmente confundem perimenopausa (a menstruação de transição) com menopausa (a fase depois da última menstruação).

A perimenopausa pode ter duração curta, como alguns meses ou durar até 8 anos. Em média, ela dura entre 4 a 5 anos (3, 6). Durante a perimenopausa, os níveis hormonais oscilam e então declinam, abrindo espaço para novas sensações, sintomas e mudanças. As experiências com a perimenopausa variam muito entre pessoas e culturas.

Por que é importante saber sobre a menopausa e a perimenopausa

Todas as mulheres e pessoas que menstruam passam pelo processo natural de envelhecimento e vivenciam essas fases da vida. Apesar disso, essas fases seguem pouco abordadas tanto na cultura quanto em pesquisas.

Saber quais mudanças são possíveis pode ajudar você a identificar sua própria transição. Da mesma forma, uma vez que ainda é possível ter ou desenvolver condições reprodutivas como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou endometriose durante a perimenopausa, é importante saber quais são os sintomas prováveis da perimenopausa e quais sintomas podem sinalizar outra coisa.

Quando começa a perimenopausa? Qual é a idade média da menopausa?

O começo exato da perimenopausa – a transição para a menopausa – é difícil de identificar. Um estudo que monitorou mulheres enquanto passavam pela transição para a menopausa descobriu que a irregularidade menstrual começava em média entre os 47 e 48 anos. No entanto, essa mudança pode começar muito antes ou depois. No mesmo estudo, das mulheres que ainda estavam menstruando aos 45 anos, 1 em cada 3 relataram irregularidade na menstruação. Aos 52 anos, 1 em cada 10 relataram ainda estar menstruando normalmente (3). Existem outras mudanças perimenopausais e os sintomas que podem ser sentidos antes das irregularidades menstruais começarem, o que pode ajudar a identificar diferentes pontos de partida da perimenopausa, contudo mais investigação científica se faz necessária.

A menopausa – quando a menstruação realmente para de descer – acontece por volta dos 51 anos, mas a maioria das pessoas pode tê-la em qualquer idade entre 45 e 55 anos (3, 5, 7, 8). Cerca de 4 em 10 mulheres chegam na menopausa por volta dos 50 anos, 9 entre 10 chegarão por volta dos 55 anos (3).

A menopausa é considerada "antecipada" quando acontece antes dos 55 anos, e "prematura" quando acontece antes dos 40 anos. A menopausa prematura é também chamada às vezes de insuficiência ovariana primária (IOP) ou falha ovariana prematura (termo pouco amigável). Cerca de 1 entre 100 pessoas passa por menopausa prematura por razões não-cirúrgicas ou relacionadas à quimioterapia (8-10).

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A menopausa antecipada pode ser causada ou influenciada pelo fumo, uso de certos medicamentos, quimioterapia e, possivelmente, por resistência à insulina e diabete tipo 2 (10, 11).

Pessoas que passaram por uma ooforectomia (remoção dos ovários) entrarão em menopausa imediatamente. Às vezes pessoas que fizeram uma histerectomia (remoção do útero) também experimentarão menopausa antecipada, mesmo que seus ovários não tenham sido removidos (9, 11). Pessoas que tiveram a menopausa induzida devido a cirurgias ou tratamentos com determinados medicamentos geralmente não vivenciam a perimenopausa, pois há uma interrupção abrupta da sua função reprodutiva. No entanto, pessoas com menopausa induzida podem ainda apresentar sintomas de menopausa.

Quanto tempo a menopausa dura? (Quanto tempo dura a perimenopausa?)

Você pode estar se perguntando: quanto tempo dura a menopausa? Perimenopausa é o período de transição, e menopausa é o período depois da sua última menstruação.

As irregularidades no ciclo menstrual decorrentes da perimenopausa duram em média de 4 anos, do início da irregularidade menstrual à última menstruação. Porém, ela pode durar qualquer período entre alguns meses a cerca de 8 anos (3, 6). Cerca de 1 em cada 10 pessoas pode vivenciar a transição de forma mais abrupta, com apenas alguns meses de irregularidade menstrual. Essas pessoas também tendem a relatar menos sintomas, como as ondas de calor (3).

O que pode afetar a idade da menopausa?

Fumo: sim.

Anticoncepcionais hormonais: talvez.

Sua genética, meio ambiente e estilo de vida podem impactar a maneira como você passa pela perimenopausa e a duração da perimenopausa e da menopausa. Pessoas que chegam à menopausa mais tarde na vida tendem a apresentar transições mais curtas (10). Fumantes tendem a ser um pouco mais jovens quando entram na perimenopausa e têm transições mais curtas, chegando à menopausa cerca de um ano mais cedo do que a média. Existem outras diferenças de fundo étnico e/ou relacionada a fatores de meio e comportamentais, contudo mais pesquisa acadêmica se faz necessária nesse tema (12).

O histórico de gravidez de uma pessoa e seu histórico de uso de contraceptivos orais podem atrasar a menopausa. Estudos no tema são ambíguos – alguns estudos descobriram uma ligação, e outros não – e a razão biológica de porque esse seria o caso (se for verdade) não é totalmente compreendida (5, 10, 13). A gravidez e o período em que se toma contraceptivos orais são momentos que interrompem a ovulação, mas não interrompem o desenvolvimento (e morte) dos óvulos antes do ponto da ovulação, portanto, ainda não está claro se o uso de anticoncepcionais orais afetaria o momento da menopausa.

Sintomas e sinais da menopausa: mudanças físicas e emocionais da perimenopausa

A perimenopausa é uma mudança total no corpo. Ela influencia tudo no seu corpo que envolva estrogênio e progesterona, junto com outros hormônios e proteínas. Algumas dessas mudanças e sintomas vão embora depois que se chega na menopausa e outros duram mais tempo. Há quem proponha que tais mudanças podem ser sentidas muito antes de mudanças aparecerem no ciclo menstrual, mas há pouca pesquisa nesse sentido até agora.

As mudanças durante a perimenopausa e antes da menopausa são causadas pelo declínio do número de óvulos nos ovários. O ciclo menstrual é guiado, em parte, pelo desenvolvimento dos óvulos. Esse processo afeta nossos níveis de estrogênio e progesterona, além de outros hormônios. Uma vez que o número de óvulos nos ovários decresce além do ponto em que os níveis de hormônios reprodutivos podem ser mantidos, as mudanças começam a acontecer.

Pode ser difícil saber quando a ovulação vai acontecer durante a perimenopausa, portanto faça uso de contracepção de confiança se estiver mantendo relações sexuais vaginais. A gravidez torna-se mais difícil nesse período, mas ainda é possível.

Para ter uma ideia de quando você entrou na perimenopausa, monitore as alterações no seu ciclo menstrual e esteja ciente de outros sintomas e alterações comuns pelas quais você pode estar passando.

Mudanças comuns e sintomas na perimenopausa incluem:

  • Ondas de calor

  • Suor

  • Distúrbios do sono

  • Alterações de humor e ansiedade

  • Enxaqueca

  • Esquecimento frequente

  • Mudanças no apetite sexual

  • Secura e coceira vaginal

  • Diminuição na fertilidade/infertilidade

  • Aumento da gordura abdominal (14, 19).

Mudanças físicas mais duradouras para se ter em mente incluem perda de densidade óssea, secura vaginal, alterações na funções urinária e sexual (14, 20, 21).

Felizmente, o fim dos ciclos menstruais também significa o fim de qualquer sintomas negativos que você possa estar passando durante seu ciclo, como cólicas, bem como o risco de gravidez indesejada.

Como o ciclo menstrual muda antes e depois da perimenopausa

1. Primeiramente, você pode notar que sua menstruação chega um pouco mais densa e mais cedo a cada ciclo (isto é, ciclos menstruais mais curtos).

Conforme você se aproxima da perimenopausa, seus níveis hormonais começam a mudar. Isso acontece antes de suas menstruações se tornarem imprevisíveis. Para algumas pessoas, um dos primeiros sinais de perimenopausa é que suas menstruações chegam um pouco mais cedo – o que significa que seu ciclo menstrual diminui em cerca de 2 a 4 dias. Isso ocorre devido a um encurtamento da fase folicular (a primeira parte do ciclo menstrual), já que a ovulação acontece mais rapidamente (19, 22 a 25).

(Observação: os ciclos também podem se tornar mais curtos por outros motivos, portanto não assuma que você está entrando na menopausa antecipada se o seu ciclo se tornar um pouco mais curto nos seus 30 anos. A duração média do ciclo diminui com a idade, de cerca de 29 dias para as pessoas na casa dos 20 anos, para 26 dias para as pessoas na casa dos 40 anos (26, 27). Os ciclos também podem se tornar mais curtos devido a um encurtamento da fase lútea, causado por qualquer fator que leve a uma diminuição na produção de progesterona no ovário após a ovulação (28).)

Durante a perimenopausa, menos estrogênio é produzido. Mas antes da menopausa, os níveis de estrogênio podem realmente aumentar por um período e os níveis de progesterona normalmente diminuem (19, 29). É isso que encurta a fase folicular e também pode causar outras mudanças, sintomas e sensações. Você pode perceber mudanças na densidade da sua menstruação durante este período. Diminuição na progesterona – com ou sem aumento no estrogênio – também pode levar a menstruações mais densas, o que é mais comum no início da perimenopausa (19).

2. Mais tarde, você pode apresentar ciclos irregulares e alterações no sangramento.

Na medida em que o número de folículos nos seus ovários diminui, a ovulação se torna menos comum e níveis hormonais começam a variar cada vez mais. Ciclos menstruais podem se tornar mais longos e progressivamente mais variáveis: mais longos e mais curtos, com menstruações mais densas, mais leves ou muito menos previsíveis (19, 23, 30, 31).

A densidade da sua menstruação também vai variar. Ciclos sem ovulação podem apresentar menstruações mais leves, enquanto menstruações que vem após um ciclo longo podem ser longas (32). Em média, cerca de 6 das últimas 10 menstruações antes da menopausa são prolongadas e anovulatórias (onde ovulação não ocorre) (33). Entre 1 e 2 anos antes da menopausa, é comum que os ciclos durem mais do que cinco semanas (31, 33).

3. Fim da menstruação, ponto final.

Conforme a ovulação vai se tornando rara, sua menstruação pode desaparecer por meses e depois voltar (6). Essa fase dura entre 1 e 3 anos para a maioria das pessoas, mas cada pessoa é diferente (6). Eventualmente, chega-se à menopausa e os ciclos chegam ao fim, assim como a menstruação.

Cerca de 1 em cada 10 pessoas podem parar de menstruar de forma abrupta, com muito menos irregularidade prolongada (3).

Tratamentos da menopausa: como posso controlar sintomas da menopausa e perimenopausa?

Você talvez já tenha pesquisado sobre "tratamento para menopausa". Um lembrete rápido: perimenopausa é o período de transição antes da menopausa. É uma função normal do corpo, mas algumas de suas mudanças podem gerar desconforto ou até mesmo estados de raiva.

Se você estiver apresentando sintomas que afetam sua qualidade de vida, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor ou dificuldade para dormir, consultar um profissional de saúde ou especialistas em perimenopausa pode ser uma boa ideia.

Mudanças no estilo de vida para os sintomas da menopausa

Existem algumas mudanças simples que você pode fazer no seu estilo de vida para ajudar você a lidar com os sintomas da menopausa.

Alguns ajustes na alimentação podem ser úteis (veja abaixo e na seção suplementar), mas não existe uma “dieta da menopausa” conhecida que proporcione alívio garantido dos sintomas da menopausa. Precisa-se de um número considerável de pesquisas científicas para entender quais mudanças no estilo de vida podem ser úteis para os sintomas da menopausa.

Alguns primeiros passos podem ajudar:

Prepare-se para as ondas de calor

Vestir roupas em camadas e ter água fresca e bebidas à sua disposição pode ajudar no controle das ondas de calor (21).

Beba álcool com moderação

Beber menos de uma dose por dia provavelmente não diminui as taxas de ondas de calor, mas os efeitos de beber quantidades maiores de álcool não são claros e podem piorar os sintomas. É importante ver o que funciona para você (34).

Faça exercícios físicos

A prática de exercícios se mostrou benéfica de uma forma geral para o bem-estar durante e depois da perimenopausa. Estudos também apontaram que exercícios físicos, particularmente aeróbicos, podem reduzir as ondas de calor, apesar de o efeito ser pequeno, quando há (35). Um estudo recente focado especificamente em treinamento de resistência (isto é, levantamento de peso) também verificou a diminuição na frequência de ondas de calor (36).

Parar de fumar

Fumar está relacionado ao aumento das ondas de calor e suores noturnos (34).

Manutenção de peso saudável

Pode ajudar a proteger contra as ondas de calor e suor noturno, já que pessoas com massas corporais mais pesadas tendem a apresentar sintomas mais frequentes (34).

Fazer uso de lubrificante e hidratante vaginal

Serão úteis para aliviar os sintomas da secura vaginal e dor durante o sexo (37, 38).

Terapia de reposição hormonal (TRH) para sintomas da menopausa

A terapia de reposição hormonal (TRH), também chamada de terapia hormonal, às vezes é prescrita durante ou após a transição da menopausa para ajudar a aliviar certos sintomas, como ondas de calor, suor noturno e secura vaginal. Trata-se de tomar estrogênio em forma sintética ou "bioidêntica" e progesterona normalmente sintética. A TRH “sistêmica” percorre todo o corpo e pode ser tomada de várias formas, como pílula, adesivo, géis, cremes e sprays. Para pessoas que apresentam apenas sintomas vaginais, a TRH "local" usada no interior da vagina em forma de creme, anel vaginal ou comprimido pode ser indicada (21, 39).

Além disso, dados sugerem que a TRH sistêmica reduz o risco de osteoporose, doença cardíaca coronária (DCC) e mortalidade geral de pessoas que fazem a terapia por volta da menopausa, principalmente para quem fez histerectomia e usa TRH somente com estrogênio. Porém, mas pesquisa se faz necessária (39).

A TRH sistêmica também apresenta riscos, incluindo maior chance de desenvolver câncer de mama, derrame e coágulos sanguíneos (39 a 41). Os riscos variam se sua forma de TRH contenha progestina ou não (39). Além disso, o risco de efeitos negativos aumenta quando as pessoas começam a tomar depois da menopausa, particularmente 10 ou mais anos após o início da menopausa (39, 40). Atualmente, a Administração Federal de Medicamentos dos EUA (Federal Drug Administration - FDA) recomenda que as pessoas que escolhem a TRH o façam “na menor dose útil e pelo menor tempo possível” (41).

(Temos um artigo completo sobre a terapia de reposição hormonal e seus diferentes riscos aqui.)

Durante a perimenopausa, alguns profissionais de saúde também podem sugerir o uso de contraceptivos hormonais para ajudar a controlar sangramentos anormais e alguns outros sintomas. Os anticoncepcionais hormonais também podem ajudar a prevenir gravidez indesejada, que ainda são possíveis durante a perimenopausa.

Medicação não-hormonal para sintomas da menopausa

Certos medicamentos que são usados ​​primeiramente para tratar depressão, pressão alta e convulsões – ISRS, ISRS, clonidina e gabapentina – também se mostraram eficazes na redução das ondas de calor, embora possam ser menos eficazes que a TRH (21).

Há também um tipo de medicação chamada moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs) que não são hormonais, mas têm efeitos semelhantes ao estrogênio em certas partes do corpo. Um MSRE, Ospemifeno, é aprovado no tratamento de dor no sexo causada por secura vaginal (21, 42).

Da mesma forma, um medicamento combinado contendo estrogênio e um MSRE chamado Duavee é usado para tratar ondas de calor e prevenir a osteoporose (ossos enfraquecidos devido à baixa densidade) (43).

Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais indesejados, por isso é importante conversar com seu profissional de saúde sobre benefícios e riscos.

Alternativas, tratamentos "naturais" e suplementos para sintomas da menopausa

Não há consenso científico quanto aos benefícios ou riscos de qualquer tratamento complementar ou alternativo para os sintomas da menopausa. Vários pequenos estudos podem mostrar benefícios individuais, mas quando os dados de vários estudos são analisados em conjunto, é difícil tirar conclusões dos resultados (44). Essa importante área de pesquisa é muito sub-financiada, o que permite que as pessoas façam testes por conta própria ou adotem outros caminhos.

Alguns exemplos de tratamentos que já foram explorados:

Acupuntura para perimenopausa e menopausa

Os tratamentos com acupuntura parecem proporcionar pouco ou nenhum efeito nos sintomas da menopausa, embora para algumas pessoas possa ser melhor do que nenhum tratamento.

Terapias de consciência corporal para perimenopausa e menopausa

As terapias de consciência corporal, tais como técnicas de relaxamento e respiração, podem ser úteis no alívio de ondas de calor e não são prejudiciais.

Suplementos para perimenopausa e menopausa

Os suplementos fitoterápicos têm resultados variados e pouco claros, incluindo o cohosh preto (Actaea racemosa/ Cimicifuga racemosa), uma erva popular frequentemente prescrita para sintomas da menopausa que não é eficiente no alívio das ondas de calor. Fitoestrogênios, como os encontrados na soja, podem fornecer algum benefício para aliviar as ondas de calor e a secura vaginal, mas não auxiliam com os suores noturnos (44 a 50). Escreveremos mais no futuro sobre as abordagens "naturais" atuais para o tratamento dos sintomas da perimenopausa.

O uso de suplementos alimentares também pode ter efeitos colaterais negativos e alguns suplementos podem interagir com outros medicamentos, por isso fale com um profissional de saúde antes de tratar os sintomas da perimenopausa com suplementos.

Quando devo consultar um profissional de saúde?

Durante a perimenopausa e menopausa, converse com um profissional de saúde se:

  • Você tem preocupação com o volume ou a duração da sua menstruação.

  • Você começa a sangrar entre as menstruações, especialmente se tiver: histórico de síndrome dos ovários policísticos (SOP), com sobrepeso, histórico familiar de câncer uterino ou tiver feito terapia hormonal somente com estrogênio ou tomado certos medicamentos para prevenir o câncer de mama.

  • Você tem qualquer mancha ou sangramento após ter atingido a menopausa completa.

  • Você tem sangramento durante a penetração sexual (2,51,52).

Sangramento anormal durante a perimenopausa

Embora sejam esperadas alterações no sangramento durante a perimenopausa, algumas mudanças no sangramento podem ser causadas por alterações anormais no seu endométrio (o revestimento do útero). Se o endométrio se tornar muito espesso e irregular, ele pode se transformar em câncer, mas isso geralmente pode ser evitado se for detectado precocemente (2).

Sangramento anormal após a menopausa

Em alguns casos, o sangramento continua depois da menopausa. É fácil confundir esse tipo de sangramento com sintomas da perimenopausa e isso pode induzir as pessoas a pensarem que não atingiram a menopausa completa, quando de fato ela já chegou.

Qualquer mancha ou sangramento após a menopausa é anormal e deve ser examinados por um profissional de saúde (2). Manchas ou sangramentos depois da menopausa podem ser causados ​​por uma condição médica, como por exemplo, pólipos uterinos (2). Os pólipos uterinos são espessamentos no revestimento interno do útero (o endométrio) e se tornam mais comuns com a idade (53).

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