Design: Tianna Greham
Nosso Ano em Ciclos 2025
Eis como sangramos, sentimos, amamos e vivemos nos últimos 12 meses
A saúde menstrual afeta mais da metade da população, mas o tabu cultural sobre o tema deixou gerações sem o conhecimento ou o apoio que merecem. Nosso Ano em Ciclos contribui para mudar isso.
Com base em centenas de milhões de ciclos monitorados em todo o mundo por usuárias e usuários do Clue*, esta retrospectiva anual revela os ritmos autênticos por trás de nosso humor, orgasmos, sono e estresse — além dos 280 milhões de dias que coletivamente menstruamos em 2025 (o equivalente a quase 767.000 anos de menstruação). Você leu corretamente.
Não se trata de sensacionalizar a menstruação. Trata-se de normalizá-la. Seu ciclo não se resume apenas ao sangramento — ele molda tudo.
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8 percepções globais do Nosso Ano em Ciclos
1. Dia de Réveillon de 2025: pico de sexo e fantasias 🎆
O ano novo chegou com tudo. Foi o dia mais popular de 2025 em termos de desejo sexual, sexo, orgasmos e fantasias. Parece que muitas de nós começamos o ano com um estrondo (literalmente).
Seja pelo efeito psicológico de recomeço, pela proximidade pós-festa ou simplesmente por ter um raro momento de descanso e privacidade, os dados mostram que o dia 1º de janeiro não é apenas para resoluções.
Por outro lado, 10 de setembro foi o momento “hoje não” do ano, pois foi o dia em que registramos a libido mais baixa.
2. O prazer não é monitorado com tanta frequência quanto o sexo
Monitoramos 34 milhões de relações sexuais e apenas 4,4 milhões de orgasmos. O prazer ainda é pouco monitorado e pouco discutido em comparação com o sexo, revelando o quão profundamente a disparidade de prazer está enraizada em nossa cultura. 🇵🇭 As Filipinas lideraram as listas de “mais sexo” e “mais orgasmos”.
3. A Geração Z lidera a revolução do prazer
Metade de todos os orgasmos registrados em 2025 vieram de pessoas entre 18 e 24 anos, tornando a Geração Z a mais expressiva quando se trata de prazer ✨
O detalhamento do prazer:
A Geração Z registrou 58% de todas os registros relacionadas à masturbação
Essa geração registrou masturbação com 20% mais frequência
E fantasias com 40% mais frequência do que outras faixas etárias
A geração Y, ou "millennials" (25-34 anos), lidera em relação ao uso de brinquedos sexuais
As pessoas jovens adultas estão reescrevendo o roteiro, transformando o estigma do prazer em alfabetização do prazer.
4. Dados sobre dores menstruais: 44,6 milhões de dias de cólicas registrados globalmente
Monitoramos impressionantes 44,6 milhões de dias de cólicas — o equivalente a 122.000 anos de dor se uma pessoa sentisse tudo isso. Ai 😣
Como monitoramos a dor:
Cólicas (35%)
Sensibilidade nos seios (12%)
Dor lombar (11%)
Dores de cabeça (10%)
Quase uma em cada cinco cólicas (19%) foi classificada como grave.
A conclusão? A dor menstrual não é insignificante. É extremamente subestimada e é hora de o mundo tratá-la com a seriedade que ela merece.
5. Produtos menstruais: os absorventes ainda dominam, com 63%
Apesar do hype em torno dos produtos menstruais reutilizáveis, 2025 ainda foi o ano do absorvente 🩸
Produtos menstruais que usamos:
Absorventes (63%)
Absorventes internos (14%)
Outros protetores diários (14%)
Copinhos menstruais (5%)
Roupa íntima menstrual (4%)
Parece que os hábitos menstruais na vida real não estão mudando tão rapidamente quanto as manchetes, com a maioria das pessoas optando pelo que parece seguro, familiar e confiável.
6. Saúde mental e hormônios: padrões de humor ao longo de 2025
As mudanças de humor lideraram as paradas, representando quase um quinto (17%) de todos os sentimentos rastreados. O ponto mais baixo do ano em termos emocionais foi revelado como sendo 6 de novembro de 2024, quando registramos nossos humores mais tristes, irritados e estressados.
Nossa semana em sentimentos:
Segunda-feira: sentimentos mais tristes registrados
Terça-feira: dia propensos à prática de exercícios
Quarta-feira: o dia com maior exaustão
Quinta-feira: dia mais estressante
Sábado: dia com mais energia, felicidade e criatividade ✨
Domingo: dia mais popular para o sexo
7. Qualidade do sono e ciclos: 38% das pessoas acordam cansadas
Spoiler: a maioria de nós não está descansando o suficiente.
Como foi o nosso sono:
Acordar com cansaço (38%)
Dificuldade para adormecer (15%)
Sono inquieto (14%)
Sonhos vívidos (10%)
Os hormônios, o estresse e a vida moderna são a receita para um déficit global de sono? Parece que sim 😴
8. Somos diligentes em relação à nossa saúde reprodutiva 💪
Quase um quarto de milhão de consultas ginecológicas foram registradas ao longo do ano, com pessoas de 18 a 34 anos representando 84% de todas as consultas.
Se você está nessa faixa etária, também tem 70% mais chances de fazer exames de IST do que outras faixas etárias — um forte sinal de que o estigma está diminuindo e os exames de saúde sexual estão se tornando mais rotineiros.
A Dra. Charis Chambers, médica especialista em menstruação e diretora médica da Clue, compartilha sua opinião: “Quando milhões de pessoas acompanham seus ciclos, temos uma visão mais clara de como os hormônios influenciam o sono, o humor, a energia, o sexo e a dor. Nosso Ano em Ciclos não se trata apenas de menstruação, mas de conectar os pontos entre nossos corpos e as experiências que muitas vezes são descartadas ou estigmatizadas. Cólicas intensas, mudanças de humor, baixa energia e sono interrompido são muito comuns e válidos. Ao representar pessoas reais com dados reais, podemos ajudar a reduzir a vergonha e o estigma em torno da conversa sobre saúde menstrual.”
Das alturas do orgasmo e da criatividade às baixas das cólicas e noites sem dormir, os dados transformam milhões de experiências pessoais em uma história coletiva. Ao tornar o invisível visível, podemos normalizar a conversa, compreender e celebrar nossos corpos — todos os dias do ano.
*Dados agregados de pessoas com mais de 18 anos que usam o Clue em todo o mundo. Esta análise anual revela padrões coletivos, ao mesmo tempo em que protege a privacidade individual. Combinamos milhões de pontos de dados pseudonimizados para mostrar o que está acontecendo em nossa comunidade. Nenhuma pessoa pode ser identificada a partir dessas informações agregadas.
